martes, 28 de mayo de 2013

Jovens comunicadores da fé





A mensagem do Papa agora emérito Bento XVI para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro (2013) tem como lema: “Ide e fazei discípulos a todos os povos” (cf. Mt 28,19). Em sua mensagem confia aos jovens à transmissão da fé.

Bento XVI exorta aos jovens a responder a convocação presidida pela estatua do Cristo Redentor. “Seus braços abertos são sinal da acolhida que o Senhor dá a todos os que vêm á Ele, e seu coração representa o imenso amor que tem por cada um de vocês”. No ano da fé e da nova evangelização os convida a participar “neste impulso missionário de toda a igreja: fazer conhecer a Cristo, que é o dom mais precioso que podem dar aos demais”.


Desde o encontro com Cristo á globalização do amor

É de notar como o testemunho dos Jovens da JMJ de Madrid, especialmente dos voluntários, segue muito vivo no coração de Bento XVI, que resumiu aqueles dias memoráveis como uma descoberta de “um novo modo de ser cristãos”. Então os jovens percorreram um caminho: o encontro com Cristo, a descoberta da família universal da Igreja, a beleza de dar-se, o apoio da Eucaristia (a adoração e a missa) e da confissão, a alegria da fé. O mesmo caminho convida aos jovens a percorrer agora.

Bento XVI anima os jovens – principalmente aos que viverão a JMJ do Rio – dizendo-lhes que fazer os jovens do mundo inteiro conhecer a Cristo, é hoje, com o progresso tecnológico que nos coloca online com pessoas de todos os continentes, uma realidade possível e fascinante.

Porém adverte: “A globalização destas relações só será positiva e fará crescer o mundo em humanidade se estiver fundada não sobre o materialismo, mas sobre o amor, que é a única realidade capaz de encher o coração de cada um e de unir as pessoas” E continua: “Deus é amor. O homem que esquece de Deus fica sem esperança e é incapaz de amar seu semelhante. Por isso é urgente testemunhar a presença de Deus para que todos possam experimentá-la: está em jogo a salvação da humanidade, a salvação de cada um de nós.


Evangelizar é essencial para a madureza cristã

Em um segundo ponto, observa que ser discípulos de Cristo implica um compromisso missionário. Evangelizar é essencial para a madureza de cada cristão. “Não se pode ser um verdadeiro crente se não se evangeliza”, como consequência da alegria de ter encontrado a Cristo.

E para evangelizar, há que “deixar-se moldar pela palavra de Deus”, fazendo-se amigos de Jesus, reconhecendo os dons de Deus e respondendo como os cristãos que nos precederam. Não o esqueçamos jamais! Fazemos parte de uma longa cadeia de homens e mulheres que nos transmitiram a verdade da fé e contam conosco para que outros a recebam.

Bento XVI convida aos jovens redescobrir a fé da Igreja, que é tradição viva, evocando as palavras que escreveu na tradução do YouCat (catecismo para jovens) “ Vocês têm que conhecer vossa fé de forma tão precisa como um especialista em informática conhece o sistema operacional de seu computador como um bom músico conhece sua peça musical. Sim, vocês têm que estar mais profundamente enraizados na fé ainda mais que a geração dos seus pais para enfrentar os desafios e tentações deste tempo com força e determinação”.

A responsabilidade evangelizadora – explica Bento XVI aos jovens – se apoia no encontro com Cristo, principalmente através do Batismo, e na força do Espirito Santo, particularmente desde a Crisma. O “Espirito Santo de amor” que é como “a alma da missão” dos cristãos lhes permite compartilhar a beleza de ter encontrado a Cristo e a experiência de amizade com Ele. (cf Jo 1,40-42)


Sair de si mesmo

Com um apelo direto os escreve: Queridos jovens deixem-vos guiar pela força do amor de Deus, deixai que este amor vença a tendência a fechar-se para seu próprio mundo, em seus próprios problemas, seus próprios costumes. Tenham a coragem de “sair” de vós mesmos para ir ao encontro dos outros e guia-los ao encontro com Deus.

Aos jovens lhes confia especialmente dois campos: os das comunicações sociais, e particularmente o mundo da internet (“a vocês compete à tarefa de evangelizar esse continente digital”), e o da mobilidade social, buscando ocasiões para anunciar o Evangelho.

Diante de tantos jovens que tem perdido o sentido de suas vidas, e que vivem como se Deus não existisse, este é, podemos dizer, o “método apostólico” que propõe Bento XVI: "Abri a todos as portas de nosso coração; tentar entrar em dialogo com eles, com simplicidade e respeito mutuo".

E se ao fazê-lo se encontram com muitos que não se sentem idôneos ou capazes para viver os valores do Evangelho, o Papa lhes da um conselho claro: proximidade, testemunho. “O anuncio de Cristo – observa – não consiste só em palavras, mas deve envolver toda a vida e se traduzir-se em gestos de amor.” O poder de fazer isso é o próprio amor de Cristo, que Ele nos dá. “Como o bom samaritano, devemos tratar com atenção àqueles que encontramos, devemos saber escutar, compreender e ajudar, para poder guiar a quem busca a verdade e o sentido da vida para a casa de Deus, que é a Igreja, onde se encontra a esperança e a salvação. (cf. Lc 10,20-37)”.


Aprender a escutar e a compreender, para poder ajudar


Vale a pena tentar, porque, na verdade, este é o “método” autenticamente cristão do apostolado: primeiro, aprender a escutar e a compreender, para poder ajudar e guiar para o batismo e demais sacramentos, que se abrem, manifestam e fortalecem o caminho da fé, que são o centro da “vida de fé”.

Para vencer os obstáculos, Bento XVI propões aos jovens que se apoiem em Deus por meio da oração (pedindo por aqueles que procuram de aproximar) e dos sacramentos, particularmente na Eucaristia (a missa dominical e a adoração: uma pausa para o dialogo com Cristo) e na Confissão (encontro de misericórdia e renovação no amor); também na Confirmação(Crisma), “sacramento da missão”, que fortalece para o impulso missionário e a perseverança diante das dificuldades.

“Que permaneceis firmes na fé”, pede Bento XVI aos jovens dando Graças á Deus “pela preciosa obra de evangelização que realizam nossas comunidades cristãs, nossas paroquias, e nossos movimentos eclesiais”, pelos missionários, os sacerdotes e os consagrados. E também pelos fieis laicos “que ali onde se encontram, em família, no trabalho, procuram viver a vida cotidiana como uma missão, para que Cristo seja amado e servido e para que cresça o Reino de Deus”. Penso, em particular, em todos os que trabalham no campo da educação, saúde, negócios, politica e economia.

E conclui voltando o olhar para o Cristo Redentor no Corcovado: Sede vós – pede aos jovens, e todo que vive com Cristo é jovem Nele – o coração e os braços de Jesus.

E conclui voltando o olhar para o Cristo Redentor no Corcovado: Sede vós – pede aos jovens, e todo que vive com Cristo é jovem Nele – o coração e os braços de Jesus.

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